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Remédio ajuda mulheres com cistos no ovário
Cerca de 6% a 10% das mulheres em idade fértil convivem com um problema de saúde caracterizado pelo aparecimento de cistos minúsculos no ovário, em meio a ciclos menstruais irregulares e dificuldade para engravidar. Para elas, acaba de surgir uma alternativa de tratamento, à base da substância metformina, até agora usada com sucesso pelos portadores de diabetes do tipo 2 e produzida pelo laboratório mineiro Biobrás. O Ministério da Saúde aprovou o novo tipo de emprego da metformina no começo do mês. Os ginecologistas Gustavo Rosa e Sandro Sabino testaram os efeitos do remédio em mulheres com esse quadro, em trabalhos paralelos defendidos nas universidades federais de São Paulo e de Minas Gerais. "A regularização da menstruação ocorreu em 90% das pacientes já no primeiro mês da pesquisa", diz Sabino. Em outro resultado, ficou evidenciada uma redução de 55% do hormônio masculino nas mulheres. De acordo com a ginecologista Lucila Pires Evangelista, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, em muitos casos a substância realmente demonstra eficácia. Conhecido entre os especialistas como síndrome do ovário policístico, o mal surge em razão de uma disfunção hormonal. Ocorre quando o androgênio, um hormônio sexual que estimula caracteres masculinos secundários no corpo das mulheres, impede a expulsão do óvulo. Os pesquisadores descobriram que tanto algumas portadoras da síndrome feminina quanto diabéticos do tipo 2 têm de lidar com um adversário comum: a insulina, outro tipo de hormônio. Uma das pioneiras em biotecnologia no país, a Biobrás comercializa o remédio com o nome de Glucoformin. Cabe ao médico orientar quanto a sua adequação. Prescrito para ser tomado de duas a três vezes por dia, o comprimido vem juntar-se a tratamentos que vão de anticoncepcionais a indutores de ovulação. De acordo com Sandro Sabino, a metformina, entretanto, é a primeira substância que age na raiz do problema.
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